Ele no amor era uma criança para se atirar cega e sofregamente para o prazer como para um abismo. Aprendeu que não se pode receber prazer sem dar prazer e que cada gesto, cada carícia, cada contacto, cada olhar, todos os ínfimos recantos do corpo têm segredos que podem dar felicidade aquele que o sabe despertar. Ela ensinou-lhe que os amantes não se devem separar depois do festim do amor sem se admirarem mutuamente, sem serem conquistados e conquistarem, para que nenhum deles sinta tédio ou solidão e para evitar a desagradável sensação de terem maltratado ou de terem sido maltratadas...
Herman Hesse
Faz-me lembrar Clã a cantar "Depois do Amor (se eu me rir...)"
31.5.07
o teu espaço: clã
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28.5.07
um espaço para outras asas
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25.5.07
o teu espaço. hoje também de p
Nikolai Zhelyazkov
Caiem de pé estes homens
Porque lutam com alma
Sabem que o medo é máscara
Que esconde uma maré cheia
Lutam pela vida que corre
Pelo pão que se acaba
Pelo sonho que não começa
Lutam por tudo e por nada
E é por isso que não morrem
P. M.
As palavras de um sábio e um verde que me recorda a amizade e o amor.
Bom fim de semana!
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17.5.07
um espaço à espera, abundantemente, de flores
Séneca
Fenelón
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espaço: quando chorar
Há um tipo de choro bom e há outro ruim. O ruim é aquele em que as lágrimas correm sem parar e, no entanto, não dão alívio. Só esgotam e exaurem. Uma amiga perguntou-me, então, se não seria esse choro como o de uma criança com a angústia da fome. Era. Quando se está perto desse tipo de choro, é melhor procurar conter-se: não vai adiantar. É melhor tentar fazer-se de forte, e enfrentar. É difícil, mas ainda menos do que ir-se tornando exangue a ponto de empalidecer.
Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respeitar a nossa fraqueza. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor mais profunda.
Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta às vezes inútil. Respeito muito o homem que chora. Eu já vi homem chorar.
Clarice Lispector
E, claro... onde se lê homem, leia-se mulher também.
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16.5.07
à espera que do espaço céu...
Escrevo este post quando do céu espero a ternura do milagre.
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14.5.07
espaço à mesma altura da "i"
De repente, pareceu-me calar-se, revelando por sinais: - estás tão longe.
[nestas alturas apercebo-me que olhar de cima me torna incapaz]
[nestas alturas dou-me conta que a superioridade afasta]
[é nestas alturas que me devo baixar!]
- Vim só dar-te um beijo.
[sei aí que, seja com quem for, se desenvolvem mais as relações se de igual para igual]
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13.5.07
espaço aprendizagem
A propósito de um texto do AAB que a margaça colocou num comentário a um post, lembrei-me deste que acho brilhante.
Vocês um dia vão descobrir que viver é um treino e uma aprendizagem... É um exercício de meter no possível os nossos sonhos, os nossos desejos e as nossas ambições mas sem abdicar deles. A certa altura da minha vida descobri que era assim e, quando a gente faz essa descoberta vai ainda mais longe: faz por tornar os nossos sonhos possíveis. E o que é possível sempre, é o afecto que damos aos outros...
A. Alçada Baptista
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11.5.07
espaço short
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9.5.07
espaço thinking blogger award
Bom, sem pensar muito, aqui vão cinco que me lembro de imediato, muito diferentes e que, sem dúvida, me fazem pensar.
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o teu espaço: dia e noite, dia...
Pide tres deseos
Ver el alba contigo, ver contigo la noche
y ver de nuevo el alba en la luz de tus ojos
Amalia Bautista
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7.5.07
5.5.07
a fragilidade que dá espaço
São demasiadas as vezes em que andamos (pre)ocupados em querermos ser super-heróis, em mostrar que sabemos fazer de tudo, conhecer tudo e opinar muito bem.
Acabámos por nem nos darmos conta que se assumíssemos as nossas próprias limitações, provavelmente, os outros com quem nos relacionamos, mais facilmente poderiam entrar e acrescentar com o que são, aquilo que muitas vezes possuem melhor do que nós.
Nesse lugar onde deixamos o outro aparecer para completar, as nossas limitações deixam de ser um muro alto para passar a céu aberto. Transformam-se até em riqueza, se livres, deixarmos cair em bocados a entranhada vaidade.
Aí - aparentemente - só cresces tu mas, na verdade, vamos os dois, lado a lado, a esse lugar novo e imenso a que podemos subir.
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2.5.07
um espaço para além da cor
Que fique muito claro. Não sou um abstraccionista... Não estou interessado na relação da cor com a forma ou com qualquer outra coisa. Estou interessado apenas em expressar as emoções humanas básicas - tragédia, êxtase, ruína e assim por diante. E o facto de muita gente se ir abaixo e chorar quando se vê confrontada com os meus quadros mostra que consigo comunicar emoções humanas básicas. As pessoas que choram perante as minhas pinturas estão a ter a mesma experiência religiosa que eu tive quando as pintei. E se você, como diz, se emociona apenas com as relações de cores, não entendeu.
Mark Rothko
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