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Estamos tão cheios de barulho, de manhã à noite, que nos incomoda o silêncio. Enchemo-nos de palavras e de sons. Abarrotamo-nos com o ruído dos carros, dos toques, da televisão, das vozes e até dos pensamentos. A toda a hora. Pior ainda é parar. Não temos tempo. Passamos os dias a fazer coisas, a arranjar afazeres e a inventar tarefas. Muitas vezes até a criar novas obrigações - essa desculpa!. Tentando mantermo-nos ocupados, ou melhor, em viver pre-ocupados inclusivamente em conseguirmos ficar satisfeitos.
A dada altura, cedo ou tarde, por razão ou circunstância qualquer, queremos ou somos coagidos a parar. O silêncio faz-se ou impõe-se e, deixamos de depender do tempo e passa ele a depender de nós. Como deve ser! Nesses momentos, algumas vezes, podemos até entrar nas areias movediças que tanto evitamos mas, muitas vezes também, mergulhar na fonte que é o nosso avanço.
Aí, o tempo adquire sentido e começa a significar.
Aí, o tempo adquire sentido e começa a significar.
7 comentários:
o tempo e o silêncio terão o tamanho que nós quisermos
Eu gosto de silêncios. Tenho é pouco tempo para eles...
num texto curto dizes o que penso. fui assim, há uns anos atrás. E parei como nunca pensei. Ainda bem para mim que cedo aprendi.
Todos os dias tenho o meu silêncio. Se me o tiram, morro um pouco mais.
linda a imagem ! ... mergulhar em silêncios é uma terapia diária e ... forçosa
O silêncio é essa fonte.
podemos ficar todo o sempre em silêncio...sobretudo quando falamos...;)
abraÇo
concordo, filipe bp.
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