30.4.07

um espaço delicioso

Um prato que ando a gostar bastante: tarte de rabanete.

26.4.07

o espaço das mãos preenchido



Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias.

Sophia de Mello Breyner Andresen In Poesia I

22.4.07

o espaço para lá do horizonte






Kunihiko Katsumata

Para lá da ____________ do horizonte há sempre coisas incríveis que nunca ninguém ainda viu.
Às vezes vamos lá e... quando voltamos, trazemos mãos cheias de mundos novos por abrir.

20.4.07

chovem estrelas do espaço


Franck Juery

A estrela é tão clara
que muita gente não a vê

Rosales

E parece que só nos espantamos com o que brilha muito, com os grandes feitos, com as paisagens esmagadoras e com o que acontece de extraordinário, por exemplo, uma vez por mês. Surpreendidos e enamorados, de vez em quando, apenas porque chovem estrelas como cascatas cheias.
Desatentos à pequena luz, aos gestos mínimos, às pedrinhas de campo nas bordas da estrada e ao que pode ser motivo de dança todos os dias.

Hoje, resolvi enumerar tudo de bom que se me apresentou ante os meus olhos desde que acordei e, apesar de estar a viver tempos de alguma dor, contei cinco e dez e vinte e sete coisas capazes de me maravilhar.

Vivo grato! Bom fim de semana!

19.4.07

espaço indie 2007


O Indie 2007 começa hoje!

Se pudesse, sentar-me-ía já, confortavelmente, numa das cadeiras das 4 salas onde decorrerá o festival, a disfrutar as obras de Shinji Aoyama ou do Novo Cinema Alemão.
Veria também o "Fay Grim" de Hal Hartley, o "Angel" de François Ozon, o "Shortbus" de John Cameron Mitchell e tantos outros que não faço mínima ideia quem são.

A programação parece brilhante!

Quem estiver em Lisboa, não deixe de aproveitar!
Na próxima semana estarei lá eu! :-)

espaço mia couto

Dito numa entrevista:

A minha infância ainda está a acontecer. Para mim não é só um tempo, é a capacidade que temos de nos espantar e de sermos encantados, e , nesse aspecto, ainda vivo em estado de infância. Tudo me fascina. Sou muito ingénuo. Sou quase um rural visitando pela primeira vez uma cidade. Mas quero manter isso, apesar de saber que não é muito prático. A única maneira que tenho de ser feliz é ter esta sensação de estranhamento. Como se estivesse a olhar pela primeira vez as coisas. Essa é a minha receita para ser feliz.

Escrito nos seus livros:

Não é da luz do sol que carecemos. Milenarmente a grande estrela iluminou a terra e, afinal, nós pouco aprendemos a ver. O mundo necessita ser visto sob outra luz: a luz do luar, essa claridade que cai com respeito e delicadeza. Só o luar revela o lado feminino dos seres. Só a lua revela a intimidade da nossa morada terrestre.
Necessitamos não do nascer do Sol. Carecemos do nascer da Terra.


- Esse poente, esse poente! Você usava aquela outra palavra que eu gostava tanto, como era?
- Crepúsculo.
- Era isso mesmo, crespu... diga lá outra vez!
- Crepúsculo.
- Maravilha, disse Rodrigues, soletrando repetidamente a palavra. E suspirou: Estou para aqui todo crepuscalado.


Deu-se o caso numa família pobre, tão pobre que nem tinha doenças. Dessas em que se morre mesmo saudável. (...) Em todo o mundo, os pobres têm essa estranha mania de morrerem muito.

Um último escrito:
(com este eu não concordo :-), a verdadeira felicidade dá uma trabalheira brutal e ainda bem!)

Sou feliz só por preguiça. A infelicidade dá uma trabalheira pior que doença: é preciso entrar e sair dela, afastar os que nos querem consolar, aceitar pêsames por uma porção da alma que nem chegou a falecer.

Mia Couto, inventor de palavras, pensamentos e factos, acaba de ser novamente galardoado.
Desta vez foi o Prémio União Latina de Literaturas Românicas.
Fico contente!

17.4.07

espaço curso de clown



CURSO DE CLOWN
Rotinas Clássicas com Olhos de Palhaço Contemporâneo

Duração: 20 horas
Datas: 10, 11 [18h-22h] 12 e 13 [10h-13h/15h-18h] de Maio
Local: ESMAE - Porto
Inscrições: até 30 de Abril

Formador: KOLDOBIKA VIO

15.4.07

espaço: o mapa do tesouro


Stefano Parrini

A solidão é uma paisagem árida, uma perdida ilha rochosa, onde cada um de nós é um país secreto no fundo do horizonte. O mapa do tesouro é o encontro com o outro, a descarga entre pólos que revela uma paisagem cujos elementos dispomos ao longo dos dias nesse jogo de olhares que pode fazer nascer flores carnívoras ou campinas suaves sobrevoadas pelo canto dos pássaros azuis. Só então existimos. Só então sabemos como deter o inexorável.

Egito Gonçalves In "O Mapa do Tesouro"

11.4.07

meninos e gigantes, espaço "i"


Philippe Goossens

Às vezes faço a mim mesmo a pergunta desnecessária:
porque é que há gigantes no mundo dos meninos?

E, vou intuindo, ainda que muitas vezes não consiga avançar para além dos porquês, que a pergunta certa é:
para quê?

Enfim, quero acreditar (e no fundo acredito) que é para serem derrotados ou, pelo menos, para serem transformados pelas fadas que os amam (pois também as há!!!!) em seres mais pequeninos com que consigam lidar.

hoje preciso de um espaço

luminoso

10.4.07

novo espaço no porto: gato vadio



A inauguração é já no próximo sábado. :-)

9.4.07

a cantar, o teu espaço


John W. Golden

Caminhava a cantar. Quando me sinto contente, canto sempre em surdina. É este, creio, um hábito dos que, sem amigos ou camaradas, não sabem com quem compartilhar um momento de alegria. Esta noite reservava-me, porém, uma aventura. Vi uma mulher sozinha encostada ao parapeito do canal. Parecia olhar atentamente a água turva do rio. Trazia um lindo chapéu de flores amarelas e uma bonita mantilha negra. "É ainda rapariga; morena, com certeza", pensei. Parecia não ouvir os meus passos, e não se mexeu do sítio quando passei junto dela, retendo a respiração e com o coração pulsando fortemente.

Fiodor Dostoievsky In "Noites Brancas"

um espaço que me comove

Moriana

4.4.07

brincadeiras, tantos espaços


Cabaret Voltaire

Acção: soprar corações e brincar o amor.

Pensamento: fazer muitos e aumentá-lo(s).

Decisão: vamos lá!

espaço: páscoa

Ardeu o sol em minhas mãos,
Que é muito dizer;
Ardeu o sol em minhas mãos
E reparti-o,
Que é muito dizer...


Nicolás Guillén

2.4.07

palhaço a voar no espaço


Alastair Magnaldo

Encontrei esta fotografia no palhaço voador e não resisti em colocá-la aqui.

espaço palavras mágicas

As palavras são mágicas, sobretudo quando se proferem para afirmar o amor. A primeira vez que o fizeste, atravessaste a rua sob a chuva, pensando que eu ficaria no lugar, preso à música da afirmação. Enquanto entravas no carro, ligavas o motor e arrancavas, eu saí do meu corpo para te seguir. Passeámos de mãos dadas na orla de uma floresta de castanheiros, olhando os ouriços maduros e dourados por cima dos quais voavam aves que no momento não nos preocupámos em identificar.

Egito Gonçalves In "O Mapa do Tesouro"

Mais um texto de EG que me agrada.