Um prato que ando a gostar bastante: tarte de rabanete.
30.4.07
26.4.07
o espaço das mãos preenchido
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22.4.07
20.4.07
chovem estrelas do espaço
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19.4.07
espaço indie 2007
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espaço mia couto
Dito numa entrevista:
A minha infância ainda está a acontecer. Para mim não é só um tempo, é a capacidade que temos de nos espantar e de sermos encantados, e , nesse aspecto, ainda vivo em estado de infância. Tudo me fascina. Sou muito ingénuo. Sou quase um rural visitando pela primeira vez uma cidade. Mas quero manter isso, apesar de saber que não é muito prático. A única maneira que tenho de ser feliz é ter esta sensação de estranhamento. Como se estivesse a olhar pela primeira vez as coisas. Essa é a minha receita para ser feliz.
Escrito nos seus livros:
Não é da luz do sol que carecemos. Milenarmente a grande estrela iluminou a terra e, afinal, nós pouco aprendemos a ver. O mundo necessita ser visto sob outra luz: a luz do luar, essa claridade que cai com respeito e delicadeza. Só o luar revela o lado feminino dos seres. Só a lua revela a intimidade da nossa morada terrestre.
Necessitamos não do nascer do Sol. Carecemos do nascer da Terra.
- Esse poente, esse poente! Você usava aquela outra palavra que eu gostava tanto, como era?
- Crepúsculo.
- Era isso mesmo, crespu... diga lá outra vez!
- Crepúsculo.
- Maravilha, disse Rodrigues, soletrando repetidamente a palavra. E suspirou: Estou para aqui todo crepuscalado.
Deu-se o caso numa família pobre, tão pobre que nem tinha doenças. Dessas em que se morre mesmo saudável. (...) Em todo o mundo, os pobres têm essa estranha mania de morrerem muito.
Um último escrito:
(com este eu não concordo :-), a verdadeira felicidade dá uma trabalheira brutal e ainda bem!)
Sou feliz só por preguiça. A infelicidade dá uma trabalheira pior que doença: é preciso entrar e sair dela, afastar os que nos querem consolar, aceitar pêsames por uma porção da alma que nem chegou a falecer.
Mia Couto, inventor de palavras, pensamentos e factos, acaba de ser novamente galardoado.
Desta vez foi o Prémio União Latina de Literaturas Românicas.
Fico contente!
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17.4.07
espaço curso de clown
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15.4.07
espaço: o mapa do tesouro
A solidão é uma paisagem árida, uma perdida ilha rochosa, onde cada um de nós é um país secreto no fundo do horizonte. O mapa do tesouro é o encontro com o outro, a descarga entre pólos que revela uma paisagem cujos elementos dispomos ao longo dos dias nesse jogo de olhares que pode fazer nascer flores carnívoras ou campinas suaves sobrevoadas pelo canto dos pássaros azuis. Só então existimos. Só então sabemos como deter o inexorável.
Egito Gonçalves In "O Mapa do Tesouro"
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11.4.07
meninos e gigantes, espaço "i"
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10.4.07
9.4.07
a cantar, o teu espaço
John W. Golden
Caminhava a cantar. Quando me sinto contente, canto sempre em surdina. É este, creio, um hábito dos que, sem amigos ou camaradas, não sabem com quem compartilhar um momento de alegria. Esta noite reservava-me, porém, uma aventura. Vi uma mulher sozinha encostada ao parapeito do canal. Parecia olhar atentamente a água turva do rio. Trazia um lindo chapéu de flores amarelas e uma bonita mantilha negra. "É ainda rapariga; morena, com certeza", pensei. Parecia não ouvir os meus passos, e não se mexeu do sítio quando passei junto dela, retendo a respiração e com o coração pulsando fortemente.
Fiodor Dostoievsky In "Noites Brancas"
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4.4.07
brincadeiras, tantos espaços
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espaço: páscoa
Ardeu o sol em minhas mãos,
Que é muito dizer;
Ardeu o sol em minhas mãos
E reparti-o,
Que é muito dizer...
Nicolás Guillén
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2.4.07
palhaço a voar no espaço
Encontrei esta fotografia no palhaço voador e não resisti em colocá-la aqui.
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espaço palavras mágicas
As palavras são mágicas, sobretudo quando se proferem para afirmar o amor. A primeira vez que o fizeste, atravessaste a rua sob a chuva, pensando que eu ficaria no lugar, preso à música da afirmação. Enquanto entravas no carro, ligavas o motor e arrancavas, eu saí do meu corpo para te seguir. Passeámos de mãos dadas na orla de uma floresta de castanheiros, olhando os ouriços maduros e dourados por cima dos quais voavam aves que no momento não nos preocupámos em identificar.
Egito Gonçalves In "O Mapa do Tesouro"
Mais um texto de EG que me agrada.
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