9.10.07

espaço : amigos para a nossa fome


Stanko Abadzic

Não muita vez nos vemos, mas, se poucos
amigos há para falar
dos quais me sirvo de relâmpagos, de todos
é ele o que melhor vai com a minha fome.

Luís Miguel Nava

É possivelmente dos versos mais iluminados que tenho visitado ultimamente.
Em jeito de manifesto, levem-no...
Este post não é só meu!

6 comentários:

storytellers disse...

que bonito isto! acho que vou guardar pa mim este poema.
bjos
Kerubina

V. disse...

:)

Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.


António Ramos Rosa

ana c. disse...

bonito, mesmo! verdadeiro. tem-se fome, tem-se sede mas não se morre. abraça-se.

Letras de Babel disse...

(...a entrar em bicos de pés, a colar à pele cada palavra, sem muita pressa...)


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lindo! vou levar...


bjos

Dalaila disse...

e como um relâmpago me tocou, leve-o comigo para matar a fome.

eyeshut disse...

estas palavras são mesmo uma estrondosa clareira...*