30.8.07

espaço : como em casa



Fira S.
?

Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.

Manuel António Pina

A selecção de fotografias não é exactamente "ao meu estilo" mas, neste momento, agrada-me a diferença.

Já o texto, considero uma preciosidade... entrar no amor como em casa ou no amor como casa ou em casa com amor ou...

12 comentários:

Anónimo disse...

Bellisima!

un dress disse...

poema.sopro

menina tóxica disse...

acho que estas fotos estão muito bem aqui :)
e o texto é lindo.

Anónimo disse...

Adoro este poema, desde sempre :)

V. disse...

Gosto das fotos (mesmo não sendo exactamente ao teu estilo) e quanto ao texto... precioso mesmo...

Não sei comentar palavras tão simples e ao mesmo tempo tão avassaladoras.

Beijinho*

Dalaila disse...

É precioso! É mesmo uma simplicidade, logo torna-se brilhante!

ana c. disse...

acho que se entra no amor quando se sente entrar em casa. e a casa pode ser uma mão, um olhar, um corpo...

margarida disse...

Entrar aqui e respirar é algo tremendamente reconfortante... que bom ter a oportunidade de regressar a esta casa!

james emanuel de albuquerque disse...

Tudo de muito bom gosto por aqui.

Um abraço.

Teresa Durães disse...

o poema é lindo!

os estilos... dependem dos dias, não?

nana disse...

uau, uau e uau.

OBRIGADA por esta partilha.

@-,-'-

eyeshut disse...

já nem preciso de transcrever a frase que tanto me tocou... fizeste-o por mim....