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Se tu podes impor a calma, quando aqueles
Que estão ao pé de ti a perdem, censurando
A tua teimosia nobre de a manter,
Se sabes aguardar sem ruga e sem cansaço,
Privar com Reis continuando simples,
E na calúnia não recorres à infâmia
Para com arma igual e em fúria responder,
- Mas não aparentar bondade em demasia
Nem presumir de sábio ou pretender
Manifestar excesso de ousadia, -
Se o sonho não fizer de ti um escravo
E a luz do pensamento não andar
Contigo num domínio exagerado,
Se encaras o triunfo ou a derrota
Serenamente, firme, e reforçado
Na coragem que é necessário ter
Para ver a verdade atraiçoada,
Caluniada, espezinhada, e ainda
Os nossos ideais por terra, - mas ergue-los
De novo em mais profundos alicerces
E proclamar com alma essa Verdade!
Se perdes tudo quanto amealhaste
E voltas ao princípio sem um ai,
Um lamento, uma lágrima, e sorrindo
Te debruçares sobre o coração
Unindo outras reservas à Vontade
Que quer continuar, e prosseguindo
Chegar ao infinito da razão,
Se a multidão te ouvir entusiasmada
E a virtude ficar no seu lugar,
Se amigos e inimigos não conseguem
Ofender-te, e se quantos te procuram
Para contar com o teu esforço não contarem
Uns mais do que outros, - olha-os por igual!,
Se podes preencher esse minuto
Com sessenta segundos de existência
No caminho da vida percorrido
Embora essa existência seja dura
À força das tormentas que a consomem,
Bendita a tua essência, a tua origem,
O mundo será teu,
E tu serás um Homem!
Rudyard Kipling
30.3.09
Se... no espaço
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2 comentários:
Se...
[interessante, ainda não há muito que cooquei ste poema...]
Se...
:))))
A beleza comove-me, a tranquilidade que transparece aqui é contagiante. Doce início de Abril.
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