Lina Scheynius
Quem o amor imagina, sem o conhecer,
não sabe o que perde quando imagina;
menos do que nada vale o saber
perante o que o coração nos destina.
Um rosto que se abre num sorriso
e limpa do céu todo o cinzento;
uns lábios que trazem loucura e siso
e na alma abrandam o mais alto vento.
Pode falar-se do que é o amor,
rodeá-lo de análises e teorias;
é como um cego a descrever a cor,
ou um surdo sonhando melodias.
Só quem ama conhece a verdade
em que a ilusão se faz eternidade.
Nuno Júdice
3.2.09
Espaço : análises e teorias
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
o poema é belíssimo ainda que um cego possa descrever a cor e um surdo descrever melodias.
bom receber-vos aqui!
realmente belo. obrigada por o publicar. abraço.
o poema é belíssimo
sim
e é da forma.
in contornável e bela
enquanto exista,
~
:)
Foi uma maré que aqui me trouxe.
Gostei e vou voltar*
Enviar um comentário