Hendrik Kerstens
Rodopiamos na vertiginosa procura
até os dedos, exangues, se soltarem
até os olhos, mudos, desesvoaçarem
enlouquecidos na desventura
Calcorreamos o verso até à exaustão
delapidamos os dias projectados
perdemos os pássaros, refugiados
esgotamos os passos sem chão
Incrédulos
não estendemos os braços à memória
nem permitimos a luz…
Um gesto mais lento que a brisa
uma palavra mais leve que o medo
Teriam bastado ?...
Pedro Castro Silva
4 comentários:
nada basta!
tudo basta!
nas palvras sentidas
se........
:)
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