Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
(…)
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar, a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda
2 comentários:
riso que se estampa e marca
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