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Às vezes tenho medo de esquecer tudo:
a casa onde nasci, o recreio
da escola, essas vozes
que lembram um copo de água
no verão.
Jorge Gomes Miranda
Obrigado.
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Se me perguntarem das artes do mundo escolho a de ver cometas.
Herberto Helder
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5 comentários:
e muito bem lembrado. sobretudo a romã, lembra-me o outono da infância...
:)
bjs.
romã..mágiCa...
.fui ver os aquis :)
beijO
o teu poema lembrou-me este que me toca sempre que o leio:
" ... É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias. ..."
(Poema do Menino Jesus - Alberto Caeiro)
e aí volto ao sabor da água, e tudo perfuma outra vez na minha memórua
este poema é maravilhoso.
e as uvas a brincarem de ser brincos comoveram-me tanto...*
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