1.2.08

Espaço : beijo

Beijo não é palavra de poema. É o raiar da madrugada, o anúncio de um dia longo, o final da tensão que ameaçava partir a corda: podemos escolher imagens, comparações, fazer literatura. Será sempre outra coisa, meu amor, o beijo do poema. É como o branco que dizem ser a fusão de todas as cores. Não se retira um beijo do poema, este é apenas a fotografia de alguns pormenores. Um beijo é o corpo que antes não existia e ali nasce, uma nova estrutura óssea que suporta um pulsar único, um aposento onde o esplendor apaga todas as lágrimas que conseguiram viver até chegar ali.

Egito Gonçalves


O texto traduz bem a minha incapacidade de escolher uma imagem...

Bom fim de semana!

7 comentários:

~pi disse...

tra d u z

a

lu z

t r a duz




~

Chloé disse...

Vou ver se pratico...e pode ser fogo sem queimar, pode ser apenas o calor que nos alimenta e faz sobreviver! Está tão bonito este texto....

Venus as a boy disse...

É só para dizer que goso do teu canto. Continua.

musalia disse...

e quando o beijo é um gesto de desespero?...

s. disse...

o profundo silêncio das flores
é um lugar de ausência. vazia moldura
para o voo das aves, linha oscilante
de ligeira névoa
que nada revela do que talvez esconda.

egito gonçalves

Cometa 2000 disse...

chloé, leste o vermelho...

:)

nana disse...

uau.....






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