Às vezes penso que se fosse uma magnólia quereria ser um laranjeira, se fosse um águia quereria ser um cavalo ou se fosse quadro quereria ser uma fotografia.
Esqueço-me que devo ser o que sou. Pela evidência de ser o único que tenho e posso ser e, porque, só quando gostar disso é que posso tocar a felicidade e passá-la.
Fico a pensar que perdemos demasiado tempo em querer dar laranjas, em galopar velozmente ou em ser o flash de um instante supremo. Quando, na verdade, o que podemos fazer é chegar a dar muitas e belas flores, voar cada vez melhor ou tornarmo-nos até num Rembrandt.
Cada qual deve acabar por pegar na própria vida nos braços e beijá-la.
Arthur Miller
30.3.07
espaço ser o que sou
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2 comentários:
talvez a interrupção seja
o mais flagrante barómetro
do valor.
talvez as coisas para existirem
tenham de deixar de existir.
brilhante miller.
blog lúcido e maduro. parabéns.
tão verdade...*
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